sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Carlão dos Bonecos

" Descobri meu amor pelo bonecos quando comecei um curso de fabricação de bonecos e fui até o final, foi a primeira vez que fiz isso"
Carlão dos Bonecos
Carlão do Bonecos – Carlos Gataes Pessoal


Nascido em Corumbá – MT ( 20 de Dezembro de 1958), aos 12 anos mudou para Brasília para estudar, mas a vida de bohemio não ajudou muito em conquistar este objetivo e acabou voltando para ajudar na fazenda da família localizada no Pantanal. Decidido ajudar a sua família com a fazenda, foi quando resolveu estudar agronomia em Viçosa – MG, mas não se identificou com o curso e abandonou.
Em 1978 no dia 12 de fevereiro mudou-se para capital mato-grossense onde conheceu seu amigo Amauri Tangará, eles moravam na mesma pensão, mas mal se falavam, até que um dia na porta de um teatro por acaso, os dois se encontraram e descobriram um gosto em comum. Carlão foi convidado pelo colega de quarto a participar de um grupo chamado “Sendas e Lendas” dirigido por Amauri, algum tempo depois o grupo mudaria de nome para “Andanças” devido ao numero de viagens que faziam e infelizmente Carlão por motivos de saúde abre mão da trupe algum tempo depois.

Mas a grande transformação na vida de Carlão foi quando fez um curso em 1980 no Projeto Xavantes, onde conheceu Maurício Leite que inspirou seu trabalho com os bonecos, porem foi Fernando Augusto e Tasito do Borralho que o incentivaram a trabalhar como bonequeiro, mas por ser uma arte desconhecida ele tinha varias dificuldades e foi na eleição de Tancredo Neves que ganhou respeito da população. Tudo aconteceu porque o politico andava com um boneco gigante em campanha nacional e o artista mato-grossense fez uma versão melhorada do mesmo e durante a visita de Tancredo manipulou de forma sublime na frente de grande parte da sociedade politica matogossense.


1982 Carlão montou seu grupo de teatro de bonecos e desde então vem conquistando espaço no cenário nacional na arte de fabricação e teatro de bonecos.

 Texto de Ednei Lino

Oficina de confecção de bonecos é atração do fim de semana

Diversão aliada à arte é o que o Goiabeiras Shopping oferece para a criançada neste fim de semana.  No próximo sábado, 23, Carlos Gattas Pessoa , o Carlão dos Bonecos, vai comandar a tarde recreativa realizada na Livraria Adeptus ensinando as crianças a produzir bonecos com resíduos de madeira e cola quente. “Nós estimulamos a meninada a usar a imaginação para criar os personagens das histórias que eles ouvem aqui e o resultado é sempre surpreendente. Nós espalhamos os tocos de madeira pelo chão e as crianças decidem como querem montar seus bonecos. Aí eu passo a cola quente e os ajudo a colar a madeira”, conta, explicando que toda a atividade é supervisionada por adultos.
Os personagens de madeira serão inspirados nas estórias contadas por Carlão durante a tarde recreativa. Ele usa marionetes para convidar as crianças para irem até a livraria participar das atividades. “Quando as crianças chegam, nós usamos fantoches para brincar com elas e logo depois começamos a contar uma estória baseada em algum livro infantil. Ao final do conto é que fazemos a oficina de confecção de bonecos com elas”, explica.
A tarde recreativa tem a duração de cerca de uma hora e trinta minutos e acontece todos os sábados”, na Livraria Adeptus do Goiabeiras Shopping, com entrada gratuita.

O Menino órfão e o menino rei' será lançado terça-feira em Cuiabá


Ivens Scaff e Carlão dos Bonecos apresentam uma releitura do mito do rei Arthur em livro infanto-juvenil.
O autor Ivens Cuiabano Scaff lançará no dia 31 de março o livro "O Menino órfão e o menino rei". O livro nasceu como texto para teatro e foi encenado inicialmente como peça, com o título de "A lenda da espada encantada – uma história dos tempos do Rei Arthur". Mais tarde passou a ser teatro de marionetes, idealizado e confeccionado por Carlão dos Bonecos e Rogério Kinipilberg.
No entanto, a história do "Menino órfão e o menino rei" começa bem antes. Talvez no seriado exibido aos domingos nas matinês do Cine São Luiz, "O rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda", que inspirava as lutas de espadas, sob as mangueiras dos quintais do bairro do Porto, da infância de Ivens.
"O Menino órfão e o menino rei" conta a história de um menino órfão criado num castelo obscuro nos confins do reino de Logres, visitado frequentemente por um velho que lhe conta a respeito de um menino desaparecido, filho de Uther Pendragon, o Grande Rei. E, passo a passo, vai preparando o menino órfão para ser o melhor amigo desse menino perdido. Porém, além da lenda Arturiana, Ivens colocou um pouco de brasilidade na história. "O livro era uma peça de teatro, por isso tem muitos diálogos. Quando inseri textos entre os diálogos, inclui algumas ‘brincadeiras’ sobre o Brasil na lenda de Arthur", conta.
Os outros quatro livros de Ivens se passavam todos em Mato Grosso. Agora, nesta história, em que pela primeira vez o cenário não é regional, Ivens utiliza as lendas e histórias do Ciclo Arturiano para falar de educação, aprendizado e formação de personalidade. Ivens conta que o gosto pela literatura vem de infância, quando os pais lhe ofereciam livros a todo instante. "Isso me fez tão bem que quero passar adiante através dos livros que escrevo", explica.
O livro foi ilustrado com as marionetes de Carlão dos Bonecos, através de foto-ilustrações do designer gráfico Helton Bastos com cenários do artista plástico Marcelo Velasco (que também modelou o rosto das marionetes de Ivens e Carlão). As marionetes tiveram como figurinista Juarez Compertino. Ivens também compôs letra para a música tema do espetáculo e do livro: Green leaves on the grass, uma composição medieval anônima.
O lançamento do livro "O Menino órfão e o menino rei" será dia 31 de março, às 19h, no Salão Social do Sesc Arsenal, em Cuiabá. O livro custará R$ 30 no dia do lançamento.

Shakespeare a céu aberto (Bonecos feitos por carlão)



O Teatro Mosaico apresenta a sua versão de “Romeu e Julieta” hoje e amanhã no Parque Mãe Bonifácia. Espetáculo é encenado com bonecos

Este final de semana as famílias cuiabanas têm mais um motivo para ir ao parque Mãe Bonifácia. A Companhia de Teatro Mosaico retorna à capital com o espetáculo “Romeu e Julieta”, de Shakespeare. A peça está em cartaz nos dias 13 e 14 de setembro, hoje a amanhã, às 18h, na concha acústica do Parque. A entrada é franca.
Video da Apresentação em Lucas.

O universo de Shakespeare é um dos mais visitados no mundo do teatro. A sua peça Romeu e Julieta é provavelmente a mais encenada e adaptada dentre todas, além de receber inúmeras adaptações para o cinema, entre elas a do diretor Franco Zeffirelli (1968), e mais recentemente Romeo + Juliet (1996) do diretor Baz Luhrmann, com Leonardo di Caprio no papel de Romeu, e Claire Daines como Julieta. Porém, é realmente no teatro que este texto se realiza. No Brasil, a montagem do Grupo Galpão de Romeu e Julieta (1992) teve tamanha proeminência que foi encenada no ano de 2000, no Globe Theatre, em Londres, teatro onde o próprio autor, William Shakespeare montava suas peças.

Nesta montagem da Companhia Teatro Mosaico, a estória de Romeu e Julieta é contada por atores-bufões que se utilizam bonecos para dar vida aos personagens do clássico shakespeareano. Esta é a primeira investida da companhia em uma montagem que utiliza bonecos de manipulação direta em cena e para esta empreitada contou com o trabalho de Carlos Gattas Pessoa, o premiado “Carlão dos Bonecos” para a confecção dos mesmos.
Desde os tempos medievais, o teatro de bonecos encantava as feiras das cidades. Títere era o nome dado aos bonecos de manipulação com os quais os artistas viajavam pelas aldeias e feiras levando teatro de bonecos aos mais longínquos rincões. O titereiro era um itinerante e está prática teatral se estendeu com bastante ocorrência até o início do século XX. A proposta cênica desta montagem, sob a direção de Sandro Lucose, possibilita o retorno desta prática uma vez que a cena é montada diante da platéia. A clássica empanada, característica do teatro de bonecos e a cortina vermelha característica das montagens de Shakespeare estão presentes no cenário da montagem do Teatro Mosaico para Romeu e Julieta.

A saga dos amantes impossíveis da cidade de Verona, Romeu e Julieta, filhos de duas famílias rivais da cidade é uma obra prima. Romeu é um Montecchio e Julieta uma Capuleto, mas nem mesmo a ferrenha rivalidade de suas famílias é capaz de impedir o destino de suas vidas. Ao se conhecerem furtivamente em um baile de máscaras, se apaixonam perdidamente um pelo outro. Casam-se secretamente sem o consentimento de seus pais, mas uma fatalidade os separa, Romeu é exilado e tem que deixar sua amada esposa. Para poder reaver seu amor, Julieta tem que passar por um sacrifício semelhante à morte, porém o plano de fuga dos dois não tem êxito e para poderem ficar juntos para sempre legitimam suas juras de amor com a própria vida.

O Teatro Mosaico está fazendo treze anos e comemora com uma circulação das suas peças pelo Brasil adentro. Está exibição tem o apoio do Fundo Estadual de Cultura e do Banco da Amazônia que inclusive está com edital aberto no seu site: www.bancoamazonia.com.br até o dia 19 de setembro visando o patrocínio de: feiras, congressos e exposições; filmes de curta-metragem; livros e revistas técnicas voltados ao desenvolvimento sustentável e empreendedorismo consciente da Amazônia; projetos de música e artes cênicas e show cultural. (com assessoria) 



 Fonte    http://www.diariodecuiaba.com.br/detalhe.php?cod=327105

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Breve Historia do Teatro de Bonecos

O Teatro de Bonecos é uma forma antiga de expressão artística orginada por volta de 30 mil anos atrás.[1] Desde então, os bonecos foram usados para animar e comunicar ideias ou necessidades de várias sociedades humanas.[2]
Alguns historiadores defendem que seu uso antecipou os atores no teatro. Evidências mostram que sua aplicação aconteceu no Egito em 2000 aC com o uso de figuras de madeira operadas com barbante. Bonecos articulados de marfim e argila controlados com cordões também foram encontrados nos tumbas egípcias. Os hieróglifos também descrevem "estátuas que caminham" usadas pelos antigos egípcios em peças teatrais religiosas.[1]
Os escritos mais antigos sobre os bonecos são creditados a Xenofonte em registro datado de 422 aC.